Há cerca de oito anos, o Polo Regional Alta Mogiana/APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, emprega a marca a frio (nitrogênio) nos eqüídeos (eqüinos e asininos). “O uso dessa metodologia tem sido vantajosa, pois associa as características de ser econômica e segura, proporcionando boa visibilidade à distância aos animais identificados”, explicam pesquisadores do Polo Alta Mogiana, com sede em Colina (SP), que publicaram artigo sobre o assunto na revista eletrônica “Pesquisa & Tecnologia” da APTA Regional.
Esta marcação foi usada inicialmente para testar o seu resultado e, após aprovação, está sendo empregada de forma rotineira, explica José Victor de Oliveira, pesquisador da APTA em Colina. “Acreditamos que mais de 300 animais tenham sido marcados. Boa parte deles foi vendida e encontra-se espalhada ostentando a marca IZ e seu número de identificação.”
Segundo Oliveira, a marcação a frio também pode ser usada em bovinos, desde que o local do seu emprego possua pelagem escura (preta ou castanha) para que a marca fique visível.
Vantagens
A marcação a frio pode ser considerada uma forma relativamente indolor e muito eficaz de identificação permanente de animais em um rebanho, dizem os autores do trabalho. “A marca a frio tornou-se popular, pois é um processo seguro, econômico e fácil de fazer. Associado a estas características, podemos também acrescer que ela é permanente e pode ser vista a distância. Informações pessoais apontam outro benefício: os animais assim marcados são menos visados pelos ladrões de animais, pois são mais fáceis de serem identificados e rastreados.”
É diferente do ferro quente, usado para fazer uma cicatriz, observam os pesquisadores da APTA. “A marca a frio, também conhecida como marca criogênica, tem como objetivo em seu processo tornar despigmentado os pelos onde se aplica o ferro. A explicação para este fato é que ocorre a destruição dos pigmentos no pelo, acarretando posteriormente o crescimento de pelos brancos, tornando-os legíveis.”
A marcação a frio pode ser usada em animais no período da desmama (6 a 7 meses) e também em animais adultos.
Assessoria de Comunicação da APTA
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