O valor da produção agropecuária e florestal do Estado de São Paulo somou R$59,6 bilhões em 2011, um aumento real (descontada a inflação) de 6,5% quando comparado ao do ano anterior, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA). Excluindo do total os produtos florestais, o valor da produção agropecuária atingiu R$54,9 bilhões, o que corresponde ao incremento real de 8,0%.
As principais fontes de variação do valor da produção agropecuária e florestal foram os aumentos dos preços dos produtos, cujo índice geral cresceu 15,6%, enquanto a produção agropecuária e florestal decresceu 1,7%. Os maiores aumentos (25,4%) ocorreram nos grãos e fibras, graças à elevação dos preços (23,9%) já que a produção aumentou apenas 1,2%.
O segundo grupo em desempenho foi o das olerícolas, que apresentou crescimento de 16,1% do valor, com contribuição dos aumentos de preços (7,4%) e de produção (8,2%). O único grupo com queda de valor da produção foi o dos produtos florestais, que decresceu 2,3% em relação a 2010.
Em valores, o grupo de produtos para a indústria alcançou R$ 32,89 bilhões (acréscimo de 15,9%), seguido do grupo de produtos animais, com R$ 12,37 bilhões (mais 12,70%); produtos florestais, com R$ 4,66 bilhões (menos 2,31%); frutas frescas, com R$ 4 bilhões (mais 7,20%); grãos e fibras, com R$ 3,78 bilhões (mais 25,39%); e olerícolas, com R$ 1,86 bilhão (mais 16,09%).
No ranking do valor da produção agropecuária e florestal, os seis produtos líderes (cana-de-açúcar, carne bovina, madeira de eucalipto, laranja para indústria, carne de frango e café) representam 75,3% do total, mantendo suas posições na comparação com 2010. O milho superou o ovo, passando à sétima posição graças ao aumento expressivo dos preços (47,7%).
O valor da produção da cana-de-açúcar, principal produto da agropecuária paulista, cresceu 15,3%, para R$ 26,37 bilhões, como resultado do aumento do preço (21,9%), visto que a produção decresceu 5,5% devido à estiagem que afetou a produtividade da cultura no Estado de São Paulo. A participação da cana-de-açúcar no valor da produção agropecuária e florestal total do Estado manteve-se praticamente no mesmo nível de 2010 (44%).
Já o valor da produção florestal perdeu da inflação em função da relativa estagnação da demanda da maioria dos setores industriais que consomem madeira (celulose, chapas, cerâmica, couros, carnes, alimentos, construção civil etc.), que se haviam se retraído em função da crise de 2008/09, retomando as produções em 2010. No entanto, o setor de resina de pínus contribuiu decisivamente para que a queda do valor da produção florestal não fosse maior do que o apresentado, visto que os preços aumentaram 39,4% com produção estabilizada nos níveis de 2010.
O estudo foi realizado pelos pesquisadores Alfredo Tsunechiro, Paulo José Coelho, Denise Viani Caser, Carlos Roberto Ferreira Bueno, Eder Pinatti, Eduardo Pires Castanho Filho e Danton Leonel de Camargo Bini.
A íntegra do trabalho está disponível em www.iea.sp.gov.br
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José Venâncio de Resende
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