CAFÉ: CONSUMO INTERNO PASSA DE 17 MILHÕES DE SACAS
Data da postagem: 31 Julho 2007
O crescimento do mercado interno da cafeicultura deve fazer com que o Brasil alcance a meta de consumo de 21 milhões de sacas de 60 quilos até 2010. Dados enviados pela Associação Brasileira de Indústria de Café (Abic) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram o aumento das vendas do produto internamente. Isso, avalia o diretor do Departamento de Café (Dcaf/Mapa), Lucas Ferreira, vai contribuir para complementar o escoamento da produção nacional, garantindo sustentabilidade aos cafeicultores.
Nos últimos 12 meses (julho 2006/junho 2007), o consumo interno de café ultrapassou os 17 milhões de sacas, com crescimento médio de 79 mil sacos por mês. O volume consumido no acumulado do ano representa 53% da safra do grão, ou seja, mais da metade do que produzimos, destaca Ferreira. O Brasil absorve sozinho 39% de todo o café consumido por todos os países da Europa, incluindo os do Leste Europeu.
Maior produtor e exportador do grão, o consumo per capita brasileiro, de 5,52 quilos por habitante/ano, já é equivalente ao da Alemanha, um dos maiores compradores do produto do mundo. O consumo interno no Brasil corresponde a 55% do volume total de café consumido por todos os países produtores do grão, segundo o relatório Indicadores da Indústria de Café no Brasil 2007, elaborado pela Abic.
Ainda de acordo com o levantamento, o café é uma das categorias mais importantes para o varejo supermercadista brasileiro, com vendas estimadas de R$ 6,7 bilhões neste ano. O crescimento do consumo interno e da produção industrial é forte gerador de postos de trabalho nas etapas anteriores da cadeia produtiva, conforme estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelo grande volume de café que adquirem, as indústrias de café estão, há anos, garantindo suporte aos preços do café no mercado interno, diz o presidente da Abic, Guivan Bueno. O dirigente da entidade lembra também que o setor industrial tem investido recursos expressivos na modernização do seu parque, na inovação tecnológica e de produtos, em marketing e educação dos consumidores. (João Carlos Rodrigues)