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Cesta de mercado do paulistano ficou 2,25% mais barata em fevereiro, aponta IEA

Os meses de janeiro e fevereiro deste ano apresentaram comportamento distinto com relação à variação dos preços de itens alimentícios no município de São Paulo. No primeiro mês de 2017, foi interrompida a série de índices negativos apurados desde o final do ano passado, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA). Com variação positiva, a cesta de mercado do paulistano ficou 1,66% mais cara em janeiro, comparando com dezembro de 2016. Em contrapartida, houve recuo de 2,25%, no mês de fevereiro comparativamente a janeiro do mesmo ano.
Aparentemente conflitantes, estes resultados já refletem uma situação que deverá ser positiva para os consumidores em 2017. Em janeiro de 2017, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou inflação de 0,38%, este é o valor mais baixo de inflação para o mês de janeiro desde o início da série histórica do IPCA em 1979, ressaltam Vagner Azarias Martins e Priscilla Rocha Silva Fagundes, pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento que atuam no IEA.
De acordo com os pesquisadores, ainda em relação à expectativa para 2017, diversos economistas concordam com a projeção do Banco Central de inflação abaixo da meta de 4,5% e apostam que não haverá pressão dos alimentos nos índices de preços ao consumidor, pois, estes itens já estão com preços considerados altos no mercado e a retomada do consumo, se houver, será tímida. Esse cenário poderá ser alterado ao longo do ano, caso as condições climáticas sejam desfavoráveis ao desenvolvimento dos produtos agropecuários.
Em janeiro de 2017, o grupo de produtos formado por itens de origem animal apresentou variação de preços de 1,19%, sendo que os três subgrupos também apresentaram variação positiva. Mesma situação é observada para o grupo e subgrupos dos produtos de origem vegetal. No índice total, a variação mensal foi de 1,66%, ou seja, o dispêndio para aquisição de produtos alimentícios para consumo dentro do domicílio para as famílias paulistanas ficou mais caro em janeiro comparativamente a dezembro de 2016.
No mês de fevereiro o dispêndio para aquisição de produtos alimentícios para consumo dentro do domicílio para as famílias paulistanas foi 2,25% menor em relação ao mês de janeiro, sendo que os produtos de origem animal apresentaram um recuo de 2,46%, sendo liderado pelos leites e derivados que tiveram uma baixa de 3,18%. Quanto aos produtos de origem vegetal, o recuo foi de 2,03%, sendo que o subgrupo das frutas apresentou maior queda, 4,29%.
Metodologia
Desde 1970, o Instituto de Economia Agrícola coleta, analisa e divulga mensalmente informações de preços de diversos itens alimentícios no mercado varejista do município de São Paulo. Atualmente, são acompanhados 88 produtos de origem animal e vegetal. O trabalho baseia-se no levantamento diário de informações de preços em supermercados, feiras livres, sacolões e varejões, açougues e padarias distribuídos conforme metodologia amostral estratificada probabilística em todas as regiões da capital paulista.
A cada mês são gerados aproximadamente 15 mil dados de preços que, após depuração, são disponibilizados no site:  (http://www.iea.agricultura.sp.gov.br) em formato de preços médios mensais e de índices agregativos (IPCMT – índice de preços da cesta de mercado total; IPCMA – índice de preços da cesta de mercado dos produtos de origem animal; IPCMV – índice de preços da cesta de mercado dos produtos de origem vegetal) que acompanham a variação da cesta de mercado das famílias paulistanas.
De acordo com Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento, a análise da evolução dos preços ao consumidor produzida pelo IEA, com metodologia especialmente desenvolvida para acompanhar a evolução de gastos com alimentos de uma família paulistana, permite que a Secretaria de Agricultura esteja cada vez mais próxima do seu público. “Orientados pelo governador Geraldo Alckmin, oferecemos ao setor produtivo informações estratégicas para otimizar sua atuação”, destacou.
Para ler o artigo na íntegra e conferir as tabelas e gráficos, clique aqui.
Por Nara Guimarães
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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