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Preços agrícolas encerram novembro em alta de 3,24%

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, fechou  novembro em  alta de 3,24%, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Foi puxado pelo índice de preços dos produtos de origem animal (6,00%), já que o índice de preços dos produtos de origem vegetal registrou elevação de 2,12%. Dos produtos analisados, nove apresentaram alta de preços (seis de origem vegetal e três de origem animal) e 10 sofreram queda (sete de origem vegetal e três de origem animal.
No acumulado dos últimos 12 meses, verificam-se expressivas variações positivas para o índice geral (35,92%); o índice de produtos vegetais (36,49%) e o índice de produtos animais (32,71%)
Os aumentos mais expressivos em novembro correram nos preços da batata (23,04%); da carne bovina (11,96%); do café (9,10%); da carne suína (8,84%) e do milho (8,83%). A menor oferta de batata, olerícola perecível, respondeu pelo significativo aumento nas últimas semanas, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Sidnei Gonçalves.
As cotações da carne bovina permaneceram em alta devido ao “ciclo plurianual”, que contribui para a escassez de animais para o abate. “Esse movimento explica o aumento da carne suína no mercado interno, uma vez que um reduzido deslocamento percentual de uma carne de grande volume como a bovina leva a impactos expressivos na demanda do produto substituto: como carne vermelha e carne suína.”
Já os preços do café subiram por causa das pressões da demanda internacional e doméstica e dos menores estoques. “Ademais, a redução em especial da safra colombiana abre espaço para vendas de café brasileiro de qualidade superior, elevando os preços médios no mercado interno de arábica, como o café paulista.”
As quedas mais significativas foram observadas nos preços do tomate para mesa (18,12%); do feijão (11,15%); e da banana nanica (6,79%).

Período de 12 meses - A comparação com a conjuntura de baixos preços de 2009 revela elevações exacerbadas de preços que, na verdade, embutem em grande medida a recuperação na conjuntura atual, face aos preços não-remuneradores, afirmam os pesquisadores do IEA. “Esse é o caso das laranjas, uma vez que 2009 foi o pior ano da década para a citricultura em termos de preços.” Com safra projetada menor, verificaram-se preços mais altos tanto no caso da laranja para indústria (123,41%) quanto no  da laranja in natura (153,41%). No caso dos alimentos básicos, o preço do arroz está menor do que o de igual período de 2009, constata a análise. “Mas os preços de feijão, conquanto mostrem tendência de queda na conjuntura atual - trajetória que deve se aprofundar nas semanas seguintes -, são quase o dobro (99,27%), quando se compara com os vigentes na mesma época do ano passado.”
Já as carnes mostram preços atuais muito superiores aos verificados em 2009, tanto da carne bovina (45,78%) quanto da carne suína (39,33%) e da carne de frango (20,15%). “Isso também ocorre com outra fonte de proteína animal representada pelos ovos (22,36%). Em todos esses casos revelam-se os efeitos da realidade de preços baixos de 2009.”
Também merecem destaque os incrementos de preços nos últimos doze meses do amendoim (31,73%), do café (31,89%) – que vem recuperando preços no mercado internacional após período de preços baixos -, do milho (30,03%) e da banana (16,51%). “Esses produtos tiveram em 2009, na média, preços baixos que ensejam períodos de recuperação”, afirmam os analistas do IEA.
Os técnicos destacam a cana-de-açúcar (16,05%) cujo comportamento ainda reflete situação favorável do mercado internacional do açúcar de 2009, “perenizando expectativa de elevação”. Com isso, aumenta a proporção de cana moída para fabricar açúcar, o que reduz o percentual destinado à produção de álcool e eleva ambos os preços para o consumidor interno, em especial do álcool na entressafra até abril.

A íntegra da análise está disponível no site www.iea.sp.gov.br 

Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

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