O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços recebidos pelos produtores rurais, aumentou 2,17% na primeira quadrissemana de abril, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O índice de preços dos produtos de origem vegetal subiu um pouco mais (2,35%), enquanto o índice de preços dos produtos de origem animal apresentou alta de 1,72%.
Com a exclusão da cana-de-açúcar do cálculo, o índice geral cai para 2,13% enquanto o índice dos produtos vegetais sobe para 2,53%, segundo a análise dos pesquisadores José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti.
As altas mais relevantes foram verificadas nos preços do feijão (60,71%), da banana nanica (55,81%), do tomate para mesa (19,04%), do algodão (6,96%) e da carne suína (4,91%). Os preços baixos obtidos pelos produtores paulistas de feijão, durante o ano de 2009 e o primeiro bimestre de 2010, bem como a conjuntura de preços não remuneradores dos custos dos primeiros meses do ano, desestimularam o plantio da safra da seca, o que vem provocando o acelerado aumento em suas cotações nos meses de março e abril, dizem os analistas do IEA. Já os preços da banana nanica se encontram dentro da variação estacional padrão (que indica pico de preços no mês de abril), observam os técnicos. “O aumento acentuado reflete a diferença entre os baixos preços alcançados durante o verão e o estímulo nos preços provocados pela expansão do consumo, peculiar no período de outono (acrescido por se estar na entressafra da banana prata).” Além disso, a inundação de bananais nas chuvas de verão fez com os produtores antecipassem a colheita dos cachos mais desenvolvidos, reduzindo o potencial de oferta dos meses seguintes.
Os preços do tomate para mesa, depois do acelerado movimento de alta ocorrido na primeira metade de março (provocado pelo clima excessivamente chuvoso), apresentam redução no ritmo de evolução, retomando níveis dentro dos padrões esperados a partir do fim de março nas principais regiões produtoras paulistas.
No caso do algodão, os preços internacionais dispararam dada a redução dos estoques, fazendo com que os preços internos subissem mais do que a valorização cambial, dizem os pesquisadores. “A oferta menor que o consumo da agroindústria têxtil brasileira deverá manter viés de alta para os preços da pluma nos próximos meses.”
A carne suína, que apresentava resultados desanimadores devido à crise econômica mundial, vê seus preços em ascensão a partir da retomada de contratos internacionais assinados no último mês, após a ocorrência de redução dos plantéis de muitos produtores desestimulados com os preços durante o ano de 2009.
As quedas mais expressivas ocorreram nos preços da laranja para indústria (10,21 %), da laranja para mesa (8,81%), do arroz (8,66%), da carne de frango (6,13%) e da soja (5,58%).
Link: íntegra a análise do Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
Maitê Laranjeira (estagiária)
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