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Segurança alimentar responde por 42% dos projetos de pesquisa da APTA

A Segurança alimentar, com 593 projetos de pesquisa, responde por 42% da atividade de geração do conhecimento da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Secretaria de Agricultura e Abastecimento (APTA-SAA), prevista para o período 2008-2011 que contempla cinco temas (“programas”) estratégicos. De acordo com o Sistema de Informações Gerenciais dos Agronegócios do Departamento de Gestão Estratégica (SIGA/DGE), a Sustentabilidade ambiental aparece em segundo lugar, com 366 projetos (26%). Já os produtos e processos estratégicos somam 202 projetos (15%), seguidos de organização do espaço rural e periurbano, com 168 projetos (12%), e de bioenergia, com 64 projetos (5%). A atividade de geração do conhecimento é um dos programas da SAA no Plano Pluri-Anual (PPA) do Governo do Estado. O diagnóstico da segurança alimentar no PPA aponta a necessidade de regular a expansão de áreas de culturas orientadas para a produção de combustíveis renováveis, a fim de reduzir a pressão sobre as áreas destinadas à produção de alimentos que ameaça segmentos como pecuária de corte e leite (redução na área de pastagem). Outro desafio é implementar ações para atrair a permanência dos pequenos e médios produtores familiares no campo, oferecendo-lhes alternativas rentáveis de produção e agregação de valor ou de mudança que incremente a renda pelo aumento de produtividade. Para enfrentar o desafio da segurança sanitária dos alimentos, exigida pelo mercado consumidor dos países desenvolvidos e pelos consumidores de média e alta renda dos grandes centros urbanos, deve se atestar amplamente no território paulista a qualidade dos alimentos por certificação de processos, fiscalização de fluxo (trânsito interno e interestadual) e de processos (contaminação por resíduos durante as diferentes etapas de produção), educação em todos os elos da cadeia (conscientização), rastreabilidade para assegurar clara identificação dos responsáveis e coibir fraudes. Neste caso, destaca-se o diferencial paulista na ampla rede de laboratórios, instituições de pesquisa, agências de fomento, de defesa fitossanitária, de transferência de informação, etc. que pode atuar nesse processo. Outro aspecto a ser considerado é a biossegurança, especialmente os riscos para a saúde humana e ao meio ambiente, da produção de alimentos a partir de organismos geneticamente modificados, assim como do avanço da nanotecnologia na agricultura. Bioenergia O diagnóstico do PPA que baliza as pesquisas em bioenergia mostra que a supremacia absoluta de São Paulo no contexto nacional e até com reflexos internacionais na produção de etanol deverá ser “orientada” por questões de segurança alimentar, ambiental e social. Assim, é necessário realizar investimentos públicos e privados em pesquisa e desenvolvimento para que o Estado se mantenha como líder na produção de álcool para fins carburantes e ao mesmo tempo haja minimização dos impactos ambientais e sociais. Também é necessário que os investimentos sejam direcionados para o desenvolvimento de tecnologias que utilizem o bagaço e a palha para produção de álcool através da hidrólise. A cadeia sucroalcooleira paulista, incluída a indústria de base, fornecedora de equipamentos e máquinas, poderá tornar-se grande oportunidade e alternativa de agregação de valor à pauta de exportações, não ficando restrita a mero fornecedor de commodities. Quanto aos impactos ambientais decorrentes do emprego de queimada no processo de colheita da cana-de-açúcar, ao lado da exigência de mecanização, programas de requalificação de mão-de-obra deverão ser implementados, para evitar a exclusão dos trabalhadores envolvidos nessa etapa do processo de produção. Além disso, ações devem ser dirigidas para evitar que o pequeno e o médio fornecedor, por problemas de escala, tornem-se meros arrendatários ou, no limite, deixem completamente a atividade. Projetos por instituição O Instituto Agronômico – IAC (com 582 projetos) responde por 41% dos 1414 projetos de pesquisa em andamento na APTA-SAA. Em seguida, aparece o Departamento de Descentralização do Desenvolvimento - Apta Regional, com 28% (394 projetos). Na terceira posição, encontra-se o Instituto Biológico – IB, com 11% (159 projetos). Os demais projetos estão assim distribuídos: Instituto de Zootecnia – IZ, com 92 projetos (7% do total); o Instituto de Tecnologia dos Alimentos – ITAL, com 86 projetos (6%); o Instituto de Pesca – IP, com 70 projetos (5%); e o Instituto de Economia Agrícola – IEA, com 30 projetos (2%).

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