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PREÇOS AGROPECUÁRIOS CAEM 2,41% NA PRIMEIRA QUADRISSEMANA

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), elaborado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, registrou queda de 2,41% na primeira quadrissemana de junho, o que significa uma desaceleração da queda dos preços nas seis últimas quadrissemanas apesar das sucessivas variações negativas, com pico de -5,53% na terceira quadrissemana de abril. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) tiveram variação negativa (-3,67%), enquanto os de origem animal (IqPR-A) registraram alta de 0,19%. Se a cana-de-açúcar – produto que representa um terço do valor da produção agropecuária paulista e que tem o maior peso na ponderação do índice – for retirada do cálculo do IqPR, a variação cai para -0,15% e a do IqPR-V para -0,48%. Dentre os produtos com maior queda de preços nesta quadrissemana está a banana nanica (20,60%), devido ao clima frio e à menor demanda por parte dos consumidores. Os preços da cana também caíram (6,86%), como resultado do recuo das cotações do açúcar no mercado internacional e da queda nos preços do álcool e do açúcar no mercado interno, causados por aumento de oferta e bom nível de estoque de álcool nas usinas. A carne de frango seguiu mesmo movimento (-5,13%), explicado pela grande disponibilidade do produto no mercado interno, apesar do aumento nas exportações. Os produtos do IqPR com maior alta de preços foram o feijão (37,38%), os leites tipo C (8,31%) e B (6,22%), além do amendoim (3,84%) e da carne suína (3,42%). “A transição entre as safras das águas e da seca explica o aumento nos preços do feijão, além do início da entrada da nova safra no mercado, o ‘feijão novo’, que tem melhor aceitação por parte do consumidor e conseqüente maior valorização”, explica o IEA. No caso do leite, a queda na temperatura e a diminuição das chuvas prejudicaram as pastagens, principal fonte de alimento para os animais, provocando redução da oferta. Os preços subiram com o início da entressafra, mas em intensidade inferior aos verificados no varejo, ou seja, os laticínios aumentaram os valores recebidos nas suas vendas para a rede varejista, segundo o IEA, “aproveitando-se tanto da condição oligopolística que desfrutam quanto da capacidade de fazer preços na entressafra”.

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