O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, subiu 0,83% na terceira quadrissemana de abril, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Porém, ficou ao redor de 0,22 pontos percentuais abaixo dos ganhos obtidos nas primeiras quadrissemanas do mês. O grupo de produtos de origem animal aumentou acima deste patamar, ou seja, 1,18%. Já os preços dos produtos de origem vegetal apresentaram variação positiva de 0,71%.
Entre os produtos analisados, 10 apresentaram alta nos preços (seis do setor vegetal e quatro do segmento animal), enquanto oito produtos sofreram queda (seis da área vegetal e dois de origem animal). As altas mais expressivas ocorreram nos preços da batata (40,64%); da banana nanica (16,61%); da soja (10,14%); dos ovos (9,31%) e da laranja para mesa (6,32%).
Quantidade excedente de batata entre fevereiro e março, por conta do verão seco no início do ano, fez com que muitos produtores atrasassem suas colheitas para o mês de abril, esperando por preços remuneradores, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves.
Os preços da banana ainda sofrem os efeitos das compras para a merenda escolar, somadas às temperaturas amenas do outono (que estimulam o consumo), explicam os analistas do IEA. No caso da soja, os recentes impulsos de desvalorização da moeda brasileira e a manutenção da demanda chinesa vem garantindo preços elevados para o produto, cujos estoques estão limitados pela oferta no mercado mundial no curto prazo.
A alta no preço dos ovos ainda é decorrente do aumento de consumo do período de quaresma, dizem os pesquisadores do IEA. Mas a tendência é a cotação cair. Já a maior demanda por sucos, associada à menor oferta da laranja para mesa e ao final da colheita de outras frutas, contribuiu para a elevação das cotações do produto neste período.
As quedas mais significativas foram verificadas nos preços do tomate para mesa (23,44%); da carne suína (17,01%); do amendoim (9,01%) e do café (8,22%).
A íntegra da análise está disponível em www.iea.sp.gov.br
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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