O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) subiu 1,82% na terceira quadrissemana de junho, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Foi puxado pelo índice de produtos de origem animal que aumentou 6,82%, já que o índice de produtos vegetais recuou 0,20%.
As altas mais expressivas ocorreram nos preços do tomate (15,78%), da carne de frango (15,56%), do leite tipo C (12,22%), do feijão (9,92%), da carne suína (7,92%) e do algodão (7,79%). No caso do tomate de mesa, a produção foi prejudicada pelo clima (baixas temperaturas), o que reduziu a oferta e elevou a cotação, dizem os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.
A retração da produção de carne de frango pelos produtores fez diminuir a oferta do produto no mercado, observam os autores da análise. Isto motivou o aumento das cotações no período, também pressionadas, do lado dos custos, pelas elevações dos preços da soja e do milho.
Quanto ao leite (principalmente o tipo C), o aumento ocorreu em virtude da diminuição da oferta do produto, já que as pastagens estão com baixa qualidade pela falta de chuva, típica do período, explicam os pesquisadores. “Esta tendência de alta deve persistir ainda por vários períodos até o final do período de entressafra. Entretanto, o que não se pode precisar é a magnitude deste aumento.”
Já a carne suína inverteu a tendência de queda e apresentou forte alta, acompanhando o mercado de produtos de origem animal, dizem os técnicos. “Esse ajuste decorre da reabertura de alguns mercados no exterior e da superação das desconfianças do consumidor interno, face à recente epidemia mundial de gripe.”
Por sua vez, o aumento nos preços dos grãos (milho e soja) apresentou redução no ritmo, mas ainda causa impacto nos preços das rações e das carnes, do leite e dos ovos.
As quedas mais significativas foram verificadas nos preços da banana (7,79%), do amendoim (7,77%), da laranja para mesa (5,27%) e do arroz (3,90%).
A evolução dos índices quadrissemanais de preços mostra um recuo em relação à quadrissemana anterior de 0,9 ponto percentual para o índice geral e de 1,9 ponto percentual para o índice de produtos vegetais. Mas, no caso dos produtos animais, o índice cresceu 1,7 ponto percentual, em relação à segunda quadrissemana de junho, de acordo com os pesquisadores. “Assim, permanece a tendência de alta em ritmo acelerado ( todos os produtos de origem animal apresentaram alta), agora puxada pela carne de frango.”
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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