O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou o mês de junho com aumento de 0,56%, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os preços foram puxados pelo índice dos produtos de origem animal que subiu 7,28% no período. Já o índice dos produtos de origem vegetal terminou o mês com variação negativa de 2,15%.
No acumulado de 12 meses, os resultados mostram variações positivas para o índice geral (2,44%) e para o índice de produtos vegetais (5,01%). Já o índice de produtos animais apresentou recuo de 4,32%, dizem os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Angelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.
As altas mais expressivas em junho, comparado ao mês anterior, foram verificadas nos preços do tomate para mesa (37,24%), da carne suína (21,48%), da carne de frango (16,88%), do leite tipo C (10,50%) e do feijão (6,17%). A produção do tomate de mesa foi prejudicada pelo clima (baixas temperaturas), o que reduziu a oferta e elevou a cotação do produto.
O preço da carne suína inverteu a tendência de queda e apresentou forte alta, acompanhando o mercado de produtos de origem animal, explicam os pesquisadores do IEA. “Esse ajuste decorre da reabertura de alguns mercados no exterior e da superação das desconfianças do consumidor interno, face à recente epidemia mundial de gripe.”
A retração da produção de carne de frango por parte dos produtores levou à diminuição da oferta do produto no mercado. Isto motivou o aumento das cotações no período, também pressionadas, do lado dos custos, pelas elevações dos preços da soja e do milho.
Por sua vez, as altas nas cotações dos leites (principalmente o tipo C) decorrem da diminuição da oferta do produto, já que as pastagens estão com baixa qualidade pela falta de chuva, típica do período, relatam os técnicos. “Esta tendência de alta deve persistir ainda por vários períodos até o final da entressafra. Entretanto, o que não se pode precisar é a magnitude deste aumento.”
As quedas mais significativas ocorreram nos preços da laranja para mesa (13,01%), da banana nanica (8,31%), do arroz (5,44%), do amendoim (5,13%) e da cana-de-açúcar (3,16%).
“Com a alta de preços em todos os produtos de origem animal, há uma tendência de alta na inflação geral, no item alimentação”, alertam os pesquisadores do IEA.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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