Produtor quer rever preço mínimo da soja
Data da postagem: 23 Maio 2007
Atendendo reivindicação dos produtores rurais, o Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE) vai solicitar ao Ministério da Agricultura uma revisão do preço mínimo da soja, hoje considerado muito abaixo dos custos de produção.
Em carta ao presidente do CDE, secretário do Planejamento José Carlos Siqueira, o presidente da Central de Associações de Produtores Rurais de Rio Verde, José Lázaro da Silva (CAPR) reivindicou a abertura de uma linha de crédito do fundo destinada a Empréstimos do Governo Federal (EGF) para soja.
José Lázaro diz que esse financiamento é essencial para que o produtor possa esperar preços melhores para o produto no segundo semestre, já que o EGF com recursos do Banco do Brasil se tornou inviável. Ele argumenta que, por força de norma, o banco só pode financiar 80% do preço mínimo oficial, que hoje é de R$ 14,00 para a saca soja, o que significa que o produtor recebe apenas R$ 11,2. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), o custo de produção da soja na safra que se encerra foi de aproximadamente R$ 26,00.
Em sua 165ª reunião ordinária, o CDE aprovou, também, 70 cartas-consulta para financiamentos com recursos do FCO, das quais 26 da linha FCO Empresarial e 44 da FCO Rural. No total, os projetos somam investimentos de R$ 40,65 milhões, dos quais R$ 31,33 milhões com recursos do fundo. Os recursos destinados ao FCO Empresarial somam R$ 18,4 milhões, de um investimento total de R$ 24,32 milhões do setor, enquanto o FCO Rural foi aquinhoado com R$ 12,89 milhões, de um investimento total de R$ 16,32 milhões. As cartas-consulta aprovadas indicam a criação de 1.046 empregos diretos, 600 deles só em uma filial do Supermercado Bretas, em Rio Verde, que também ficou com o maior financiamento: R$ 10,4 milhões.
A reunião do CDE foi realizada na sede da SGPA e contou com a participação dos secretários do Planejamento, José Carlos Siqueira, da Agricultura, Leonardo Veloso, do Trabalho, Ageu Cavalcante e de Comércio Exterior, Ovídio de Ângeles.