bannergov2023 
×

Aviso

There is no category chosen or category doesn't contain any items

Encontro em Piracicaba define propostas para cadeias produtivas das regiões Centro Oeste e Centro Sul

Utilização de subprodutos da indústria de carne bovina, treinamento de técnicos em qualidade do leite, novas variedades de olerícolas, pesquisas sobre utilização do gesso agrícola na cafeicultura, pesquisa em mosca do figo, estudo de produtos alternativos para minimizar custo de produção e alternativas de controle do greening. Estas são algumas das propostas definidas no sexto Encontro sobre Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável que aconteceu no dia 27 de outubro em Piracicaba (SP), que culminou com a elaboração de projetos de curto, médio e longos prazos. 
O encontro - organizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e pela APTA Regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, vinculadas à Secretaria de Agricultura e Abastecimento - reuniu cerca de 200 pessoas entre autoridades, produtores rurais, representantes de conselhos regionais e municipais, sindicatos, cooperativas, pesquisadores e extensionistas de 159 municípios da região, para debater propostas para as cadeias produtivas de bovinocultura de corte e leite, cafeicultura, olericultura e fruticultura. Participaram os Polos Regionais do Centro Oeste e do Centro Sul e as Regionais da CATI de Bauru, Botucatu, Campinas, Jaú, Limeira, Lins, Marilia, Mogi das Cruzes, Piracicaba e São Paulo
Partindo do tema central “Integrando com as universidades”, a professora Marly Teresinha, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP), afirmou que, no tripé ensino-pesquisa-extensão, essa ultima perna tem papel importante, já que é a facilitadora do processo de transformação social. “O conhecimento tem que ser transferido àqueles para quem foi gerado, no nosso caso o agricultor.”
A propósito do tema “integração com as universidades”, foi proposta a alteração da lei de estágios, bem como a elaboração de retrato do perfil da agricultura familiar em São Paulo, visita ao sítio modelo da UNESP de Botucatu para conhecer os trabalhos, transferência de tecnologia de precisão realizada pela FATEC de Pompéia e um estudo sobre o plano de extensão universitária.
No caso da bovinocultura de corte, foram discutidas formas de utilização de subprodutos da indústria de alimentos, a necessidade de modelo único de produção para o território paulista, a divulgação de modelos economicamente viáveis e a implantação de Programa de Segurança Sanitária. Para a pecuária leiteira, ficou evidenciada a necessidade de treinamento dos técnicos em qualidade do leite, melhoria no acesso ao crédito rural, criação de linhas de crédito para compra de terras e novas formas de controle à verminose e de carrapatos.
Em relação à olericultura, foram aprovados projetos relativos a novas variedades, compostagem, capacitação dos técnicos da CATI, maior acesso às políticas públicas, criação de um fórum de discussão on line e lançamento de boletim técnico sobre o tema. Na cafeicultura, mereceram atenção temas como necessidade de pesquisa em relação à utilização do gesso agrícola, realização de dia de campo abordando genética, fertirrigação e tecnologia de produção e de seminário sobre cafeicultura com temas como custo de produção, planejamento da propriedade e certificação, levando em conta projetos de acesso e vantagens da certificação.
Os participantes do grupo que debateu a fruticultura optaram pelos projetos de mecanização da colheita da laranja, facilitação do acesso a programas governamentais como, por exemplo, PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e PPAIS (Programa Paulista de Agricultura de Interesse Social), incentivo ao seguro rural municipal, pesquisa em mosca do figo, registro de agrotóxicos, estudo de produtos alternativos para minimizar custo de produção e alternativas de controle do greening.
Novos parceiros
Pedro Eugenio Adamo, presidente do Conselho Regional de Piracicaba, defendeu que os agricultores participem mais das decisões de governo. “Precisamos auxiliar na formulação das políticas públicas disponibilizadas para o setor. Temos que defender nossos interesses e ter a palavra final nesse tipo de decisão.”
Alceu Arruda Veiga Filho, diretor da APTA Regional, contou que essa parceria nasceu na CATI em função do programa Microbacias II, já que as ações visam ao social e ao econômico. “Para o acesso ao mercado, que é o que propõe o Projeto, são necessárias novas tecnologias para aprimorar as cadeias produtivas e dar competitividade a elas. O trabalho da APTA, através de suas 34 unidades, é atender as demandas dessas cadeias.”
Sergio Diehl, diretor da CATI Regional Piracicaba, ressaltou a importância da integração entre as instituições voltadas ao setor agropecuário. Ele destacou que já foram integrados ao trabalho a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA/SAA), a Fundação Paula Souza, a Coordenadoria de Desenvolvimento do Agronegócio (CODEAGRO/SAA) e agora as Universidades. “É importante que nossas ações busquem sempre melhorar as condições de trabalho do agricultor.”
Orlando Melo de Castro, coordenador da APTA, falou da importância da agregação de conhecimento, informação e tecnologia por quem produz. “Precisamos saber das demandas e necessidades dos agricultores com foco na sustentabilidade e rastreabilidade de seus produtos. Só assim, buscaremos desenvolver novas tecnologias. Esses foros são fundamentais para chegarmos à nova agricultura brasileira e mundial, exigida pelos consumidores.”
Para João Martinez, professor da ESALQ, a universidade tem de se basear no tripé ensino-pesquisa-extensão. Nos Estados Unidos, por exemplo, a extensão rural fica dentro das universidades. Ele finaliza, dizendo que “temos que pensar de forma diferenciada para fazer a diferença.”
A íntegra da reportagem está disponível em: http://www.cati.sp.gov.br/new/noticia1.php?ID=517.
Assessoria de Imprensa da CATI
Suzete Rodrigues / Nathália Sena
(19) 3743-3715 e (19) 9685-1512
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

Notícias por Ano