Ministério quer manter preço mínimo na próxima safra de trigo
Data da postagem: 21 Março 2007
De acordo Guimarães, mesmo com a manutenção do preço mínimo, os produtores serão beneficiados porque, alega, os custos de produção serão menores na próxima safra.
A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que com oito entidades de classe do setor produtivo realizou um estudo sobre o assunto, pediu um reajuste de 17,6% no preço mínimo do trigo, alegando que o valor está congelado desde 2003. Os produtores também pediram garantia de recursos para aquisição de 40% da safra deste ano, por meio de instrumentos de apoio como contrato de opção, Aquisição do Governo Federal (AGF) e Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). Além disso, o setor produtivo pede a redução de juros para financiamento, dos atuais 8,75% para 6%, e a liberação de R$ 1,2 bilhão para o custeio da safra que começa a ser plantada neste mês.
Durante a audiência pública, produtores e representantes dos moinhos fizeram duras críticas ao governo argentino, devido as medidas de intervenção no mercado do trigo tomadas desde 2002, como a diferenciação na tributação do trigo em grão e da farinha de trigo para a exportação e a recente limitação nas exportações do grão enquanto as vendas de farinha estão liberadas.
O governo argentino também adotou este ano uma política de subsídios ao trigo para evitar a alta dos preços dos derivados do cereal no mercado interno e o conseqüente impacto na inflação. "A Argentina mais uma vez nos passou a perna", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo. "Ou a Argentina retira o subsídio ou o Brasil adota uma medida compensatória na entrada do produto no Brasil", disse Hosken.
O Brasil importa mais de 70% do trigo utilizado na elaboração da farinha nacional e mais de 95% do total é fornecido pela Argentina. (fonte: Agência Estado)