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APTA realiza curso sobre criação de camarão de água doce, em Pirassununga, interior paulista

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), realizou a segunda edição do “Curso sobre Criação de Camarão de Água Doce”, nos dias 10 e 11 de novembro de 2016, na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento (UPD) de Pirassununga da APTA. O evento teve atividades teóricas e práticas que abordaram a produção de crustáceos.
Durante o curso, foram abordados temas como a história da produção de camarão de água doce, hábitos alimentares, o valor econômico da carcinicultura, o ciclo da vida e as fases da produção, como os requisitos necessários para a criação, fase de reprodução, larvicultura, engorda, abate, processamento, comercialização, entre outros.
De acordo com o pesquisador da UPD da APTA, Marcello Villar Boock, o evento apresentou informações básicas sobre a criação. “Tomamos como base a experiência de mais de 20 anos de pesquisa e extensão sobre o tema que os pesquisadores que atuam na Unidade têm para auxiliar pequenos e médios aquicultores e o público geral que desejam investir na produção de camarões de água doce”, disse.
O evento, que é o único deste segmento ministrado no Estado de São Paulo, contou com o apoio da Fundação de Apoio a Pesquisa Agrícola (Fundag). Em maio de 2016, foi realizada a primeira edição do curso. A iniciativa nasceu da grande procura de informações vindas de produtores rurais. De acordo com o pesquisador, a unidade recebe, diariamente, diversas consultas via e-mail, telefone e até pessoalmente. “O curso atende uma demanda do setor produtivo, principalmente os agricultores familiares, podendo eles ter ou não alguma experiência em aquicultura”, afirmou Boock.
Carcinicultura
De acordo com o pesquisador, a carcinicultura, ou o cultivo de camarões de água doce, é uma atividade relativamente simples, já que não requer cuidados extras em relação a outros cultivos da aquicultura. Em termos de estrutura, os viveiros, equipamentos e insumos de ambas as produções são idênticos, não tendo a necessidade de investimentos adicionais. “Portanto, se um produtor que já cria peixes quiser destinar algum de seus viveiros para a criação de camarões de água doce, ele praticamente não terá novos investimentos”, explicou. As principais diferenças entre as culturas são as técnicas empregadas para a criação, assunto tratado no curso.
Boock afirmou que, atualmente, a atividade é realizada, principalmente, por produtores familiares, espalhados por todo país. Os produtores estão concentrados no Espírito Santo, onde a cadeia produtiva da criação de camarões já é bem consolidada.
“Eventos como esse aproximam os produtores das pesquisas desenvolvidas pelas unidades de pesquisa da APTA, da Secretaria de Agricultura. Isso é muito importante para melhorar a produção e a renda, uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin”, disse Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Pesquisas em larvicultura
A Unidade de Pesquisa de Pirassununga começou a desenvolver pesquisas em carcinicultura em 2010. Durante estes seis anos, foram realizados estudos em relação à fase da engorda dos camarões, em monocultivo e policultivo, além de elaboraram trabalhos com larvicultura, a fase inicial do desenvolvimento desses animais.
As pesquisas em larvicultura fizeram com que, em novembro de 2013, fosse inaugurado o Laboratório de Carcinicultura da APTA, localizado na UPD de Pirassununga, sendo um dos únicos laboratórios de pesquisa públicos no Estado de São Paulo na área. “O laboratório está sendo utilizado para o desenvolvimento de novos estudos sobre a carcinicultura, para fins didáticos, com a realização de aulas práticas de disciplinas dos cursos de pós-graduação e para cursos destinados a produtores rurais, como este”, afirma o pesquisador.
Atualmente, a Unidade desenvolve pesquisas com a espécie Macrobrachium amazonicum, mais conhecido como camarão da Amazônia. Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o objetivo é avaliar diferentes sistemas de filtragem biológica da água na larvicultura. “Com isso, pretendemos facilitar e tornar mais eficiente a larvicultura que é a fase mais complexa da criação”, disse Boock. As pesquisas têm previsão de serem concluídas em janeiro de 2018.
Por Giulia Losnak (estagiária) e Fernanda Domiciano
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Assessoria de Imprensa
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)
(19) 2137-8933

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