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Instituto Biológico realiza análises fitossanitárias para evitar introdução de pragas quarentenárias no Brasil

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Biológico (IB-APTA), realiza análises de materiais provenientes de portos, aeroportos e fronteiras, que são colhidas e lacradas pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e órgãos de defesa estaduais e federais. O trabalho é fundamental para garantir a segurança fitossanitária. Nos últimos 10 anos, 35 novas pragas foram detectadas nas lavouras brasileiras.
O ditado de que prevenir é melhor do que remediar também se aplica à questão fitossanitária. Para reduzir os riscos de introdução de novas pragas no País é necessário investimento em postos de vigilância fitossanitária e, consequentemente, aumento na fiscalização de aeroportos, portos e fronteiras. O Instituto Biológico tem um dos sete laboratórios de diagnóstico fitossanitário em atividade no Brasil. O instituto de pesquisa paulista realiza diagnósticos nas áreas de sanidade animal e vegetal de amostras coletadas pelo Mapa e órgãos estaduais e federais de fiscalização. O IB também recebe amostras do setor privado.
A partir destes diagnósticos, são elaborados laudos técnicos que servem de apoio à tomada de decisão de órgãos fiscalizadores, sejam eles de natureza federal ou estadual. “Essas análises podem significar a liberação ou impedimento da entrada de produtos agropecuários no Estado de São Paulo ou mesmo no Brasil”, afirma Antonio Batista Filho, pesquisador e diretor-geral do instituto.
Em média, o IB realiza mais de 150 mil exames de sanidade animal e vegetal por ano, sendo 20 mil deles para diagnósticos fitossanitários. Tem laboratórios acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) na norma ISO 17025, relacionada à qualidade, e credenciados pelo Mapa.
“A acreditação e o credenciamento mostram a credibilidade das análises realizadas pelo instituto e a conformidade delas com os padrões internacionais. Os investimentos do Governo do Estado nos institutos de pesquisa foram fundamentais para a prestação de serviço de qualidade, uma das recomendações do governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Nem sempre é possível mensurar os danos imediatos da introdução de pragas exóticas. De acordo com Batista Filho, no primeiro momento, os principais problemas são em relação às barreiras fitossanitárias, uma vez que pragas quarentenárias têm restrição para a comercialização. Apenas em um segundo momento será possível avaliar os prejuízos quanto aos danos às culturas hospedeiras, inclusive quais serão as espécies que a praga irá se adaptar e o custo do seu controle. O ambiente diferente daquele observado em seu centro de origem pode mudar o comportamento da praga.
Aumento do trânsito internacional
A introdução de pragas quarentenárias exóticas pode ocorrer de diversas formas, de acordo com a morfologia, fisiologia e comportamento da praga, podendo ser introduzida por meio de alimentos, roupas, sapatos e plantas. “A ampliação do comércio internacional e o aumento da movimentação de pessoas pelo planeta fazem crescer a probabilidade de que as pragas se estabeleçam em lugares distantes dos seus locais de origem”, afirma Batista Filho.
Grandes eventos realizados no Brasil como os Jogos Olímpicos Rio 2016 e a Copa do Mundo, em 2014, exigiram cuidados para a não introdução de pragas quarentenárias no País.
Levantamento encomendado pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) mostrou que os 31 países classificados para a Copa do Mundo 2014 tinham, juntos, mais de 350 pragas que não existiam no Brasil e que poderiam entrar no País com os torcedores. “Essas são as chamadas pragas quarentenárias A1, ou seja, aquelas que não existem no Brasil e apresentam características potenciais de serem causadoras de importantes danos econômicos, se introduzidas”, afirma Batista Filho.
Em 2014 foram constatadas as introduções no Brasil do gorgulho da manga (Sternochetus maniferae), da planta invasora Amaranthus palmeri e da Helicoverpa punctigera. Não há comprovação se a introdução ocorreu em decorrência da Copa do Mundo.
No IB, não foi observado aumento no número de análises na época da Copa do Mundo. “Contudo, é imperioso destacar que a constatação da ocorrência da praga pode ocorrer quando sua população aumentar e os prejuízos começarem a ser observados, o que pode levar algum tempo”, explica o diretor do Instituto.
Batista afirmou que pelo menos 35 novas pragas foram detectadas nas lavouras brasileiras nos últimos 10 anos. Uma delas foi a Helicoverpa armigera que alarmou os produtores brasileiros. A praga, com ampla distribuição geográfica e com mais de uma centena de espécies hospedeiras, causou prejuízos estimados em R$ 2 bilhões. Nos últimos quatro anos, o IB notificou a introdução no Brasil de algumas pragas quarentenárias, entre elas o vírus Tulip beaking vírus-lily, que contamina lírios, e o ácaro Rhizoglyphus robini, que ataca a pupunha.
Por Fernanda Domiciano
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Assessoria de imprensa
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)
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