O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, que mede os preços pagos ao produtor, subiu 7,14% na terceira quadrissemana de fevereiro, informam os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez e Danton Leonel de Camargo Bini, do Instituto de Economia
Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Os produtos que registraram as maiores altas neste período foram laranja para mesa (63,65%), tomate para mesa (46,10%), laranja para indústria (27,04%), feijão (12,13%), ovos (11,56) e amendoim (10,20%).
Para a laranja de mesa, a ocorrência da entrada do verão elevando o consumo de sucos, associada às chuvas em grande intensidade no segundo semestre de 2009, prejudicou as floradas, causando diminuição da oferta nesse início de ano, o que impactou as cotações. Além disso, com o findar da safra, a oferta desta fruta reduz-se de forma significativa, afetando os preços com pressões altistas. Esse fato está refletido também na laranja para indústria, uma vez que os preços do suco de laranja mostram recuperação nos principais mercados das nações capitalistas desenvolvidas, provocada pelas intensas geadas que atingiram a citricultura norte-americana concentrada na Flórida.
O tomate para mesa continua o movimento de alta nos preços, devido às fortes chuvas, que tem impedido uma regularidade mínima na oferta do produto. No feijão, que reverte tendência de queda, a estiagem por alguns dias melhorou a qualidade do produto elevando as médias dos preços recebidos pelos produtores. Além disso, o desestímulo ao plantio começa a refletir-se na oferta do produto. Face aos preços não remuneradores que ocorreram nos últimos meses, sempre abaixo dos custos de produção, trata-se neste caso do início da recuperação.
No caso dos ovos, a redução do alojamento de matrizes verificada no final de 2009 levou à diminuição da oferta de ovos. Associado a esse contexto, cabe destacar a natural ascensão das cotações nesta época do ano, período da quaresma, dos ovos em substituição às carnes.
Os produtos que apresentaram quedas de preços no período foram soja (13,51%), carne suína (9,03%), milho (8,03%) e banana nanica (1,57%).
Para a soja, a anunciada safra recorde com crescimento de 30%, associada ao início da colheita, levou ao recuo das cotações do produto, além das mudanças na economia chinesa que prognosticam menores aquisições deste produto por aquele país asiático.
Os impactos das chuvas no Vale do Ribeira não afetaram de imediato os preços da banana, uma vez que há uma corrida dos bananicultores para ?salvar? os cachos das bananeiras cujo nível da inundação compromete a touceira, mas não atingiu o fruto. Em função disso, há aumento imediato da oferta, e de banana com fruto não tão grande, ambos impactando os preços para baixo. Fica, entretanto, a perspectiva de
alta no médio prazo, pela redução da oferta futura.
No período analisado, 14 produtos apresentaram alta de preços (9 origem vegetal e 5 de origem animal) e 4 apresentaram queda (3 vegetal e 1 animal).
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