Commodities agrícolas valorizam-se nas bolsas
Data da postagem: 04 Maio 2007
As principais commodities agrícolas tiveram um dia de alta nessa quinta-feira (03-05) nas bolsas de Chicago (CBot) e Nova York (Nybot). A maior valorização ocorreu com o milho, de 2% para o contrato com vencimento em maio, que encerrou o pregão a 379,75 centavos de dólar por bushel.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari, a previsão de chuvas no Oeste dos Estados Unidos influenciaram o resultado do pregão, pois podem atrasar ainda mais o plantio do cereal naquele país. De acordo com o último relatório oficial, o cultivo está em 23% ante uma média de 42%, nos últimos cinco anos, e aos 48% na safra passada. Molinari acrescenta que na próxima semana o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga o primeiro relatório de oferta e demanda da safra 2007/08 e que, como os dados são calculados com base na produtividade média dos últimos cinco anos, a estimativa é que uma previsão de colheita considerada pequena pelo mercado: 310 milhões de toneladas.
No mercado interno as cotações estão praticamente estabilizadas, com negociações no porto de Paranaguá a R$ 19,50 a saca (60 quilos). Em Goiás, os preços estão próximos a R$ 12 a saca. "As negociações estão em ritmo lento. O mercado espera um fato novo que modifique a expectativa dos vendedores. Há um medo em relação ao tamanho da safrinha", diz. Segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a segunda colheita do cereal será de 14 milhões de toneladas.
Os contratos futuros de suco de laranja com vencimento em julho tiveram valorização ontem de 1,8%. Os papéis encerraram o pregão a 165,75 centavos de dólar a libra-peso. Já os do cacau subiram 1,2% em Nova York, encerrando a US$ 1.879 a tonelada para julho. O mercado foi influenciado por compras especulativas. Os papéis do açúcar tiveram alta de 1,1% para entrega em outubro, avaliados em 9,54 centavos de dólar a libra-peso. Segundo analistas de mercado, a valorização deste contrato é decorrente de compras de fundos.