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Pesquisador do IZ ministra palestra sobre micotoxinas na suinocultura

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do pesquisador do Instituto de Zootecnia (IZ/APTA), Fábio Enrique Lemos Budiño, apresentou a palestra “Avaliação da eficiência de adsorventes na ração e efeitos de micotoxinas”, no Simpósio Internacional de Produção e Sanidade Suína (SIMPORK). O evento foi promovido pela Unesp Jaboticabal, em maio de 2015. Foram abordadas as principais micotoxinas que afetam os suínos, os efeitos negativos sobre os animais e seus efeitos quanto à queda de desempenho e problemas de saúde.

Na palestra, Budiño falou sobre as formas de controle das micotoxinas por meio do uso de adsorventes – substâncias que se ligam as micotoxinas impedindo a absorção pelo sistema digestivo dos suínos.

As micotoxinas são compostos tóxicos produzidos por fungos e parasitas. “O tema é de suma importância para o produtor, pois afeta diretamente a saúde do rebanho com perdas econômicas consideráveis”, afirma Budiño.

A maioria dos países desenvolvidos não autorizam importações de produtos com quantidades de micotoxinas acima dos limites especificados por lei. Por isso, as micotoxinas têm também implicações para o comércio internacional.

Rações contaminadas por micotoxinas constituem um risco para seres humanos, uma vez que produtos animais – carne, leite e derivados – contendo resíduos de micotoxinas podem ser consumidos, acarretando possíveis danos à saúde.

Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, os programas de monitoramento e controle são fundamentais na produção de alimentos para uso dos animais, neste caso, a suinocultura. “Tudo depende da qualidade sanitária dos alimentos. O compromisso da pesquisa científica é gerar informações aos produtores e às indústrias para melhorar a eficiência da produção, além de garantir a qualidade sanitária dos produtos de origem animal. Essa é uma preocupação específica do governador Geraldo Alckmin”, destaca Jardim.

Riscos e Prevenção

 As principais micotoxinas – aflatoxina, fumonisinas, zearalenona, ocratoxina relevantes na suinocultura – acarretam diversos efeitos negativos sobre o desempenho animal. Elas podem provocar, edema pulmonar agudo, lesão renal, hemorragias intestinais, vômito, recusa de alimento, mortalidade embrionária, prolapso, vulvo vaginite.

A aflatoxina, por exemplo, ocorre, principalmente, no amendoim e subprodutos, no milho, no farelo de algodão, nas sementes oleaginosas, nos fenos, no sorgo, no feijão  e em muitos outros alimentos, sempre quer ocorram condições favoráveis de  umidade e temperatura.

A contaminação pode ocorrer no cultivo, transporte e armazenagem dos grãos. A presença de micotoxinas em grãos e outros gêneros alimentícios de primeira necessidade têm sérias implicações para a saúde humana e animal. Muitos países estipulam as quantidades máximas de micotoxinas permitidas em alimentos e rações.

“Uma das medidas corretivas seria o uso de enzimas que alteram a estrutura química das micotoxinas e o uso de adsorventes”, disse Budiño.

O pesquisador destaca que o uso adequado dos adsorventes visa eliminar os traços da micotoxina, não deixando resíduos indesejáveis e não alterando a qualidade nutricional da dieta.

Os adsorventes mais utilizados são a parede celular de leveduras, zeolitos, bentonita, aluminosilicato de cálcio e sódio e carvão ativado. Antes de utilizar o adsorvente, o pesquisador orienta verificar qual micotoxina irá combater, pois deverá ter uma estrutura correta para imobilizá-la.

Texto: Lisley Silvério (Mtb 26.194)

Assessoria de Imprensa – IZ

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