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Projeto da Secretaria de Agricultura colabora com procedimentos relacionados à proteção de espécies aquáticas ameaçadas de extinção

Um acidente ocorrido com um jovem picado por uma cobra da espécie naja ajudou a Polícia Federal na descoberta de um esquema de tráfico ilegal de animais silvestres, em Brasília. Cobras, enguias e até mesmo uma espécie de tubarão em extinção foram encontrados em cativeiro ilegal e inadequado, também no Distrito Federal, neste mês. A criação de aquários e oceanários para visitação vem crescendo ano a ano.

Esses fatos destacam não só a importância e competência dos órgãos fiscalizadores, como também fortalecem as discussões entre as instituições de estudo e proteção de animais, sobre a criação de procedimentos-padrão operacionais, direcionados aos animais aquáticos criados em ambientes não naturais, como informa o pesquisador científico Venâncio Guedes de Azevedo, diretor do Núcleo Regional de Pesquisa do Litoral Norte do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

No Instituto “coordeno o projeto “Manutenção do Cação-viola (Zapteryx brevirostris e Rhinobatos sp) em Sistemas de Recirculação: um instrumento de conservação” que visa gerar avanços nos procedimentos necessários para a manutenção desses peixes em ambiente de cativeiro”, diz Azevedo. O pesquisador iniciou seus trabalhos com tubarões por volta de 1996 durante o Programa REVIZEE e desde 2016 realiza pesquisas com elasmobrânquios sob cuidados humanos. Além do projeto no Instituto, atuou na ação "Estudos com elasmobrânquios mantidos em Aquários e Oceanários no Brasil" no Plano de Ação Nacional dos Tubarões e Raias Marinhos Ameaçados (Pan-Tubarões) e responde como Coordenador Regional da Região Sul-Americana Leste do Censo Internacional dos Condrictes sob Cuidados Humanos.

Azevedo também coordena a Comissão sobre “Elasmobrânquios sob Cuidados Humanos” da SBEEL - Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobrânquios, a qual decidiu apresentar uma carta de esclarecimento e recomendações a respeito da proteção destes animais no país. Conheça o conteúdo da carta na íntegra, clicando aqui.

A SBEEL é uma entidade civil de caráter científico-cultural, sem fins lucrativos, fundada em 1997, que estuda os elasmobrânquios, uma das classes dos condrictes (peixes com esqueleto cartilaginoso), formada por cerca de 790 espécies de tubarões, raias e quimeras. Anualmente, realiza uma reunião para discutir diversos temas, sobretudo a preservação dos animais aquáticos. Para 2020, o Núcleo de Ubatuba, do IP-APTA, foi eleito para sediar a XI Reunião SBEEL, porém, devido à pandemia de COVID-19 o evento foi transferido para 2021 e diante da incerteza do momento a Comissão Organizadora segue estudando a data e a forma de realização a serem adotadas.

“Para nós, foi uma enorme satisfação sermos escolhidos para organizar a XI Reunião da SBEEL. O Instituto de Pesca é uma das instituições que conta com fundadores da entidade, como o pesquisador científico do Instituto, Alberto Amorim, que atua na área de pesca. As pesquisas do referido pesquisador assim como as minhas, focadas em elasmobrânquios mantidos sob cuidados humanos, sempre tiveram destaque dentro da Sociedade, colaborando para o avanço do conhecimento deste grupo de animais”, conta Azevedo.

Foto: Raia viola de cara curta - Venâncio Guedes de Azevedo

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