Apesar de seca, seringueira apresenta ligeiro aumento de produção, banana e mandioca sofrem mais com as condições climáticas.
O 2º levantamento das previsões de área e produção de culturas agrícolas no Estado de São Paulo referentes ao ano de 2021, realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), aponta a evolução das principais culturas do Estado obtidos nos 645 municípios paulistas.
No caso das culturas perenes e semiperenes, observa-se pequena retração na área cultivada (-0,1%) e são esperadas quedas na produção (-2,9%), por conta da menor produtividade (-2,8%). O café, devido a bienalidade de produção e atualmente em situação de baixa, é o responsável pelo desempenho negativo desse grupo e, em menor proporção as culturas da laranja e banana, explicam Felipe Camargo, Carlos Fredo, Carlos Roberto Bueno, Celma Baptistella, Denise Caser, José Alberto Angelo, Maximiliano Miura, Paulo Coelho e Vagner Azarias Martins, pesquisadores do IEA.
Em abril, foi realizado o terceiro acompanhamento da safra de Banana, que sinalizou decréscimo de área (-2,9%) e produção (-2,6%). Levando-se em conta apenas a área em produção, houve decréscimo na produtividade (-0,4%) em relação à safra anterior. A atividade poderá atingir o total de 1,063 milhão de toneladas da fruta, em uma área de 52,2 mil ha. Os principais EDRs são Registro, São Paulo e Jales, que concentram 75,7% da produção paulista.
Para a cultura da Seringueira este também é o 3º levantamento que apontou diminuição de 2,4% da área total plantada (132,3 mil ha), quando comparada com o final da safra 2019/20. A área em produção apresentou aumento de 0,9%, enquanto a área em formação caiu 130%. A expansão da área em produção propiciou ligeiro aumento da produção em 0,6%, enquanto a produtividade média apresentou queda de 0,4%. Problemas climáticos como falta de chuvas impactam a produtividade da cultura, e conjunturas econômicas afetam a área plantada.
O levantamento de abril de 2021 para a mandioca industrial aponta para uma produção de 1,26 mil t, volume 7,2% menor que o obtido na safra passada. A produtividade diminuiu 5,5%, 28,7 t/ha, assim como a área, redução de 6,3%, chegando aos 59,2 mil ha. A área cultivada com mandioca para mesa diminuiu 3,8%, totalizando 19 mil há, neste levantamento. A produção também apresentou redução de 3,9%, atingindo 237,5 mil toneladas, com produtividade de 16,6 t/ha, 3,5% maior em relação à safra anterior.
Para o tomate envarado (consumo in natura), o segundo levantamento da safra 2020/21 (safra de inverno) apresentou incremento de 23,1% na área plantada na comparação com a safra anterior, totalizando 4,8 mil ha. Para a produção, o aumento esperado é de 31,3% com previsão de serem colhidas 382,7 mil toneladas e acréscimo de 6,6% de produtividade (79,7 t/ha). A previsão inicial para o tomate rasteiro (destino indústria), apontou diminuições significativas de 41,2% de área cultivada e de 45% na produção na comparação com a safra anterior.
O levantamento traz ainda detalhes das safras agrícolas de grãos; além de apresentar o comportamento regional da safra de cada cultura por Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR). O próximo levantamento que será realizado em junho, trará informações mais precisas sobre área, produção e produtividade das culturas perenes.
Para ler o artigo na íntegra e consultar as tabelas e informações sobre as demais culturas agrícolas acompanhadas nesse levantamento, assim como conhecer a metodologia utilizada, clique aqui.
Informações:
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