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Prêmio “Victória Rossetti” é concedido a bolsista Pibic do IB

O Congresso Paulista de Fitopatologia (CPF), realizado desde 1978, é um dos eventos mais tradicionais que ocorrem no Brasil na área de sanidade vegetal. Neste ano, a 43ª edição do CPF foi realizada de forma presencial, na Unesp Botucatu, de 22 e 24 de julho, e reuniu docentes, pesquisadores e estudantes de pós-graduação e de graduação de diversas instituições de ensino e pesquisa, incluindo o Instituto Biológico (IB-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que levou ao evento oito pesquisadores científicos, sete estudantes de pós-graduação e três bolsistas de Iniciação Científica.

Nesta edição, a estudante de Ciências Biológicas e bolsista PIBIC-CNPq Keyla Sanai Silva Dias foi agraciada com o Prêmio “Victória Rossetti”, concedido ao melhor trabalho apresentado no Congresso. O trabalho premiado, intitulado “Levantamento preliminar revela a ocorrência de viroides em lúpulo no Brasil”, é de autoria da Keyla e coautoria da também estudante de Ciências Biológicas e bolsista de Iniciação Científica do CNPq Maria Rita Piveta Fujimori, ambas orientadas pelo pesquisador do IB Marcelo Eiras. O trabalho envolveu resultados obtidos com o desenvolvimento de projetos de pesquisa financiados pelo CNPq e pela FAPESP, ambos coordenados por Eiras, que visam conhecer o status fitossanitário do lúpulo no Brasil.

Como explica o pesquisador do IB, a detecção de viroides (minúsculos RNAs circulares capazes de infectar plantas) em cultivos comerciais de lúpulo acendeu um alerta para toda a cadeia de produção dessa cultura, que envolve a importação de cones (flores femininas utilizadas na fabricação de cerveja), a obtenção e venda de mudas, além da produção e comercialização dos cones. Os viroides afetam a qualidade do lúpulo, interferindo nos níveis dos óleos essenciais, alfa e beta-ácidos, compostos cruciais para a indústria cervejeira. “Dois dos viroides que infectam lúpulo também podem infectar citros, o que traz mais uma preocupação, uma vez que se tratam de patógenos transmitidos facilmente por contato mecânico”, comenta Eiras, que estuda os viroides há mais de 20 anos. “Receber esse prêmio, além ser uma honra, é um estímulo para o nosso grupo seguir estudando os viroides e seguir fazendo ciência no Brasil”, completa o pesquisador.

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