Localizado na cidade de Santos, o Museu administrado pelo Instituto de Pesca recebe até 60 mil visitantes por ano, conta com grandes atrações e tem 80% do acervo com informações em QR code.
Localizado na Ponta da Praia, na cidade de Santos, o Museu de Pesca, do Instituto de Pesca (IP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, foi reaberto para o público no mês de outubro (seguindo todos os protocolos sanitários) após ficar fechado por conta da pandemia de Covid-19.
O Museu recebe todos os anos entre 50 e 60 mil visitantes e tem projetos para contar com uma cafeteria e loja de souvenirs. O prédio do Museu é tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e cerca de 80% do acervo contém QR code para complementar as informações ao visitante, sendo que 50% do acervo têm informações em português e inglês.
Com exposições permanentes e temporárias de parceiros ligadas à temática da sustentabilidade, o prédio conta com acessibilidade e Wifi-Free. Em todas as salas é possível encontrar painéis de selfie com os personagens da “Turminha do Museu”, feitos pelo artista plástico de Santos, Alexandre Huber, que também assina toda identidade lúdica dos ambientes.
Anexo ao Museu, funciona o Centro Avançado de Pesquisa do Pescado Marinho (CAPPM), onde 20 pesquisadores mais pessoal de apoio, trabalham com pesquisa nas áreas de biologia pesqueira, estatística pesqueira, socioeconomia, maricultura e tecnologia e qualidade do pescado para consumo. Além do Museu, o CAPPM conta também com núcleos de pesquisa em Ubatuba e Cananéia. Grande parte dos resultados das pesquisas são expostos de forma acessível para o público, em livros online e painéis.
Thaís Moron é diretora do Museu há 6 anos e há 2 também dirige o Centro Avançado. Agora, a última novidade é o aplicativo “Museu de Pesca: Vida Marinha”, que pode ser baixado em celulares com o sistema Android. Nele é possível conhecer mais sobre a vida marinha dos principais ambientes do litoral de São Paulo, com guia para crianças e um jogo de perguntas para testar os conhecimentos sobre as atrações.
O que você vai encontrar no Museu de Pesca?
Logo na entrada no Museu é possível encontrar publicações dos projetos desenvolvidos pelos pesquisadores do Instituto de Pesca. Expostos em banners e com interatividade direcionada para páginas online do IP que falam sobre a importância do consumo do pescado, é possível também baixar gratuitamente pelo smartphone uma série de receitas sobre pescado por QR code.
Sala dos Tubarões
Na Sala dos Tubarões estão expostas diversas espécies dos animais taxidermizados. O destaque fica para o tubarão-duende, sendo que somente dois são expostos em todo o mundo. Por habitar águas profundas, é um animal raro de ser visto com vida.
No local ainda tem uma exposição de arcadas de tubarões em que é possível observar os dentes e dimensionar a mordida de cada espécie.
Espaço Submergir
Além de exposição de um pequeno submarino, no ambiente encontra-se uma exposição do projeto de pesquisa “Petrechos de Pesca Perdidos no Mar”, que tem como objeto localizar e retirar do mar, por meio de sondas e radares, anzóis, redes e outros materiais perdidos ou descartados de forma irregular.
O projeto visa conscientizar a sociedade e as comunidades pesqueiras sobre o problema do descarte irregular no mar, que acaba gerando uma “pesca invisível”, pois peixes, tartarugas, focas, golfinhos, entre outros animais, acabam se enroscando nos petrechos e morrendo.
Em parceria com o SENAI, os resíduos retirados do mar são reciclados para virar produtos como pentes, cabides, produtos para impressora, telhas, entre outros objetos reutilizados que estão expostos no espaço.
Navio Orion
O Instituto de Pesca teve um navio de pesquisa chamado Orion e uma das salas do Museu é dedicada a ele. O navio fez diversas expedições para desenvolvimento de estudos em biologia e estatística pesqueira. Quando parou de ser utilizado, foi desmontado e algumas de suas peças e equipamentos que ficavam a bordo do navio passaram a ser expostos.
Sala dos Macaés
O Macaé e o Macaezinho foram um Leão Marinho e um Lobo Marinho que viveram no Aquário de Santos e marcaram época entre os moradores da cidade. Quando morreram foram taxidermizados e vieram para o Museu.
Sala da Baleia
Um dos grandes atrativos do Museu é a exposição do esqueleto de baleira da espécie Fin. Encontrada encalhada em Peruíbe, em 1942, a ossada foi montada para ser exposta no museu. Esta é uma espécie que não é presente da costa do Brasil e se perdeu em sua rota. Quando viva, estima-se que media aproximadamente 23 metros de comprimento e pesava 7 toneladas.
Na sala também são expostos esqueletos de golfinhos, espaço com dentes de baleias cachalote, além de um espaço dedicado ao peixe-boi que conta com uma ossada real e um painel de peixe-boi adulto e de um filhote em tamanho real para dar a dimensão do animal.
História do Museu
Existe uma sala dedicada à história do Museu. No local são expostos painéis contando desde quando o prédio abrigava o Forte Augusto, passando a ser Escola de Marinheiros até virar o Museu de Pesca que conhecemos hoje. São encontrados materiais que foram utilizados pela Escola de Marinheiros.
Na sala também são feitas exposições temporárias de fotografias. No momento a temática é “Mulheres na Pesca”.
Sala dos Peixes
Várias espécies de peixes estão expostas com destaque para os peixes de bico e para a exposição de fósseis do parceiro “Museu Joias da Natureza”. O Projeto Albatroz e o Projeto Meros do Brasil estão com exposições na sala.
Sala das Conchas e das Areias
São mais de mil amostras de areias de todas as regiões do Brasil. Cada amostra tem a indicação de praia, cidade, região, onde é possível ver toda a variedade de areias do país, além da exposição de conchas com materiais de diversas partes do mundo.
Um vídeo fala sobre as areias e o fundo do mar, mostrando o caminho das areias pelo mundo e sobre os animais marinhos.
Espaço das tartarugas e das arraias e Sala do Petróleo
Existe um espaço dedicado a exposição de tartarugas e arraiais em tamanho natural, com alguns exemplares suspensos para melhor visualização.
Já na Sala do Petróleo, encontra-se uma maquete de uma plataforma, tipos de rochas e óleos encontrados em cada uma delas.
Sala do Barco
Uma das mais queridas pela criançada, mas também por adultos, a Sala do Barco simula um convés, com timão, escadas de antigas embarcações, além do quarto do Capitão e seu gato que na história da “Turminha do Museu” - encontrada em diversos pontos do local e também no App -, toma conta do Museu.
Diorama
Outro destaque do Museu de Pesca é a Sala do Diorama (modo de exposição realista tridimensional). No piso transparente do local é simulada a representação dos animais que habitam o manguezal, costão rochoso, praia arenosa e fundo arenoso. Pelas laterais do espaço as crianças conseguem ficar na mesma altura das representações, ampliando a interação com a obra.
Foi inaugurado nesta reabertura do Museu um Painel lúdico de três metros que remete aos animais que estão no Diorama e estão identificados por QR codes que direcionam para uma página explicativa com mais informações sobre cada espécie.
Confira mais fotos do Museu de Pesca no Flickr da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP.
Assista ao vídeo no Youtube da SAA.
Serviço
Museu de Pesca - Funcionamento: quarta a domingo, das 10h às 17h
Endereço: Avenida Bartolomeu de Gusmão, 192 | Ponta da Praia - Santos (SP) - Brasil
Agendamento de visitas escolares e outros grupos: suspenso devido à pandemia de COVID-19.
Contato: (13) 3261-5260
Informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
(11) 5067-0069
Instituto de Pesca
(11) 3871-7513