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Agrishow 2025: IAC lança batata-doce alaranjada biofortificada

A cultivar IAC Dom Pedro II apresenta 64,71 vezes mais carotenoides do que as mais plantadas no Brasil, além de alta produtividade, precocidade e bom cozimento.

O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, desenvolveu uma nova cultivar de batata-doce de polpa alaranjada excelente para uso culinário visando à biofortificação de alimentos para torná-los mais nutritivos. Comparativamente com as cultivares mais plantadas no Brasil, este novo material, chamado IAC Dom Pedro II, tem 64,71 vezes mais carotenoides, responsável pela provitamina A. Além desta característica que atrai consumidores, a nova batata-doce IAC apresenta produtividade 48,60% superior à da principal variedade cultivada no Estado de São Paulo, chamada Canadense. O público poderá conhecer a IAC Dom Pedro II na Agrishow 2025, de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto, interior paulista.

“Em cultivares de polpa branca, a concentração de betacaroteno é inferior a 1 micrograma, por grama, de polpa fresca de raiz. No caso da IAC Dom Pedro II, o teor pode chegar a 77 micrograma, por grama, de polpa fresca de raiz, por isso, ela é considerada uma cultivar de batata-doce biofortificada”, explica o pesquisador do IAC, Valdemir Peressin.

A IAC Dom Pedro II destacou-se por sua elevada produtividade comercial de 67,18 toneladas, por hectare. Este resultado foi a média dos cinco experimentos realizados. “Sua produtividade superou a dos materiais com as quais foi comparada na pesquisa. Foi 48,60 % superior à principal variedade cultivada nas lavouras paulistas, a Canadense, e 74,90% superior à Mineirinha e 120,99 % superior à Uruguaiana”, explica Peressin.

Além da cor da polpa alaranjada escuro e com sabor agradável e da alta produtividade, a precocidade desta batata-doce é outro atributo desejado para os mercados interno e externo. Seu ciclo é de 100 a 120 dias na primavera/verão e de 120 a 150 dias no outono/inverno. Vale, também, destacar que pode ser uma opção nutricional bem interessante para alimentação escolar, através de programas públicos para aquisição de alimentos.

Desenvolvida por meio de técnicas de melhoramento genético convencional, isto é, não se trata de transgenia, a cultivar IAC Dom Pedro II caracteriza-se também pelo elevado pegamento de suas ramas e tem raiz tuberosa com formato largo elíptico e cor da pele alaranjado.

Trabalharam no desenvolvimento desta batata-doce os pesquisadores: Valdemir Antonio Peressin, José Carlos Feltran, Eliane Gomes Fabri, Lilian Cristina Anefalos, Sally Ferreira Blat e Juliana Rolim Salomé Teramoto.

Batata-doce é importante alimento no combate a carências nutricionais

O consumo de 30 a 60 gramas de batata-doce IAC Dom Pedro II supre as necessidades diárias de betacaroteno. No organismo humano, o betacaroteno vai originar a vitamina A, substância antioxidante muito importante para a saúde, na prevenção de distúrbios oculares e doenças da pele, além de fortalecer a defesa do corpo contra infecções.

Mandioca e plantas aromáticas

Ainda na área de horticultura, o IAC irá apresentar outras cultivares já registradas de batatas-doces, com destaque para a cultivar Dom Pedro II que é lançamento, e também as cultivares de mesa e de indústria de mandioca. Haverá ainda uma amostra de plantas aromáticas e medicinais para destacar as ações de transferência de tecnologias para a cadeia produtiva de óleos essenciais.

“Os projetos desenvolvidos com plantas aromáticas têm parcerias com o setor produtivo, envolvendo produtores, empresas e demais entes dessa cadeia, assim como os projetos de transferência de tecnologia das cultivares de mandioca e batata-doce IAC para adoção dos novos materiais com características superiores”, comenta a pesquisadora e diretora do Centro de Hroticultura do IAC, Eliane Gomes Fabri.

Tecnologias IAC têm modelos de transferência de tecnologias em constante consolidação e expansão

“O IAC tem modelos de transferência de suas tecnologias para as respectivas cadeias de produção, envolvendo cultivares, processos, métodos e equipamentos, entre outros. Essa frente é de extrema relevância para o agro e está alicerçada no Marco Legal de Ciência e Tecnologia, de 2016, regulamentada no Estado de São Paulo pelo Decreto de Inovação, de 2017, e pela Política de Inovação do IAC”, afirma a pesquisadora e diretora do (Núcleo de Inovação Tecnológica) NIT-IAC, Lilian Anefalos.

 

Confira todas as cultivares hortícolas que estarão expostas na Agrishow

Cultivares de mandioca de mesa

IAC 576-70
IAC 601 Vitaminada
IAC 28 Bruta

Cultivares de mandioca de indústria

IAC 90
IAC 118-95

Cultivares de batatas-doces para consumo

IAC Santa Elisa
IAC 134 AL01
IAC Ametista
IAC Clara
IAC Lavínia
IAC Dom Pedro II

Cultivares de batatas-doces ornamentais (em vasos)

IAC Mônica
IAC Katherine
IAC Claudia
IAC Yoka
IAC Mara

 

Por Carla Gomes (MTb 28156) 

Assessora de comunicação IAC

carla.gomes@sp.gov.br

 

 

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