O Instituto Agronômico (IAC) tem novo diretor-geral desde 2 de junho de 2021. O pesquisador e líder do Programa Cana IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell, assume a gestão do Instituto, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Landell atua há 38 anos no IAC, onde construiu e mantém modernizado um dos quatro programas brasileiros de melhoramento genético da cana-de-açúcar, junto à equipe por ele liderada. Referência no setor sucroenergético nacional pela competência científica, capacidade de gestão e interação com a cadeia de produção, o novo diretor-geral trará essa experiência para a administração geral do IAC.
Graduado em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, onde também fez mestrado e doutorado, Landell substitui Marcos Antônio Machado, que assumiu a diretoria-geral do IAC em janeiro de 2019, após atuar como diretor-técnico do Centro de Programação de Pesquisa do IAC e tendo sido diretor do Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” do IAC por 15 anos.
Respeitado dentro do IAC e das demais instituições de ciência nacional, Landell tem grande reconhecimento junto ao setor sucroenergético. Recebeu, representando o seu grupo de trabalho, inúmeros prêmios pelas contribuições feitas para que São Paulo se tornasse referência mundial em canavicultura sustentável. Há reconhecimentos também em caráter nacional, como o Prêmio Norman Borlaug de Sustentabilidade 2019, oferecido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), que representa todo o agronegócio e não apenas o segmento da cana-de-açúcar. O Conselho de Diretores da ABAG indicou nomes de dois pesquisadores brasileiros e Landell foi escolhido pela grande maioria. Ele faz uma média de 60 palestras e treinamentos por ano, mantidas no sistema remoto durante a pandemia.
Na criação do Programa Cana IAC, em 1989, Landell elaborou um modelo de integração para as múltiplas áreas de conhecimento dos pesquisadores do Instituto. Diversos projetos foram criados, com interface entre as muitas áreas envolvidas e enriquecimento da abordagem da investigação dos pontos prospectados junto ao setor de produção. A condução da pesquisa considera também a prospecção de demandas junto às usinas e às associações do estado de São Paulo e de outros dez estados do Brasil, principalmente das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Com esse perfil, o IAC passou a ser referência em tecnologia na canavicultura no Brasil e em outros países.
Considerando o Instituto Agronômico como um todo, esse mesmo modelo pode ser expandido, respeitando as peculiaridades de cada área de pesquisa e valorizando as competências científicas e técnicas, que são muitas e de excelente nível dentro da ciência nacional e internacional.
O Programa Cana IAC tem cerca de 630 ensaios ativos na atualidade apenas na sua rede de experimentação para seleção e caracterização de novas variedades. Esse modelo de pesquisa requer ação contínua e dinâmica da equipe de cientistas e técnicos, que chegam a cumprir distâncias anuais superiores a 500 mil quilômetros no Brasil. A equipe transfere os resultados da ciência nas diversas áreas do conhecimento, que proporcionam saltos de produtividade, com sustentabilidade ambiental na canavicultura. Dentre as áreas de atuação estão os estudos de ambientes de produção, a seleção de variedades com perfis regionais e para uso forrageiro, o desenvolvimento do Sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB), a realização do maior censo varietal de cana-de-açúcar no Brasil, dentre outros.
Por Carla Gomes
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