O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, recebeu R$ 4.729.825,00 em recursos do Governo do Estado de São Paulo para alavancar as pesquisas e desenvolver novos projetos. Ao todo, foram destinados R$ 52 milhões para modernizar as instalações e adquirir novos equipamentos nos seis Institutos e 18 Polos regionais da pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), ligados à Secretaria. Esse valor é o maior repasse estadual já realizado à APTA.
Entre os projetos selecionados está o que afere a qualidade da água e sedimentos em tanques-rede de grande volume para a piscicultura, desenvolvido pelo Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento do Pescado Continental. Igualmente importantes são os estudos para o desenvolvimento de vacina para controle de estreptococose em tilápias, o patógeno é responsável por grande mortalidade dos peixes, e por mais de 30% das perdas econômicas do setor. Esse trabalho é realizado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Aquicultura.
O Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento do Pescado Marinho (CAPDPM) também recebeu recursos para investir no desenvolvimento de um bioestimulante produzido a partir da macroalga Kappaphycus alvarezii (foto), com grande potencial para indústria. O projeto Linha Azul, com a recuperação de petrechos perdidos no mar, que podem gerar renda para pescadores artesanais; o desenvolvimento de um novo software para monitoramento da pesca marinha, visando um melhor desempenho; e a criação da nova regulamentação visando garantir a qualidade sanitária do pescado artesanal, SISP para a estrutura de beneficiamento de pescado, com a modernização de processos que otimizem o melhor aproveitamento do pescado e a diversificação de produtos são outros projetos em desenvolvimento no âmbito do CAPDPM.
Entre as obras de modernização da infraestrutura, destaca-se a inauguração da Unidade de Referência Laboratorial em Limnologia, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Pesqueiros, visando à sua certificação pela norma internacional ISO 17025, relacionada à qualidade. Também estão sendo investidos recursos para monitoramento ambiental em áreas como piscicultura em tanques-redes e desenvolvimento de metodologia de dados pesqueiros em reservatórios e rios.
De acordo com a diretora-geral do IP, Cristiane Neiva, “o recurso destinado à pesquisa trouxe novo ânimo à instituição, que começa a enxergar com esperança e mais entusiasmo os desafios diários, principalmente quanto à melhoria e manutenção da infraestrutura de pesquisa", afirma.
Por Nara Guimarães
Assessoria de Imprensa IP